Enigmática, determinada e com um espírito incansável, Pina Bausch nasceu em 27 de julho de 1940, em Solingen, na Alemanha. A alemã é reconhecida mundialmente por conta de sua trajetória e também de sua relevância da dança contemporânea.
Desde muito pequena ela já teve contato com a arte. Seus pais, que eram donos de um pequeno restaurante, a colocaram em aulas de balé ainda quando criança. E foi incentivo desde cedo que fez ela se apaixonar pela dança.
Quando completou seus 14 anos, ela ingressou na escola Folkwang, em Essen. Na época, a instituição tinha em seu comando o coreógrafo alemão da Kurt Jooss, que tinha uma grande influência na época.
Foi essa decisão de seguir o aprendizado na dança que fez ela tomar a arte como uma carreira. Ela se formou cedo, aos 19 anos, e já em seguida conseguiu uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, o que abriu portas para ela conhecer as diferentes linhas artísticas nunca antes vistas na Alemanha. E foi essa bagagem cultural que fez o nome Pina Bausch ser reconhecido em todo o mundo.
O papel de Pina Bausch na dança
A alemã voltou para o seu país de origem em 1962, dessa vez como solista. E já nessa época ela era um sinônimo de originalidade. Ela atuou por mais de uma década em diferentes espetáculos, e em 1973 foi convidada a assumir a direção do teatro municipal de Wuppertal.
Foi ela que trouxe o conceito de linguagem corporal para a Alemanha, que até então era desconhecido. Inclusive, justamente por sua abordagem diferente do tradicional. Mas foi justamente essa visão que fez a companhia crescer e se tornar uma referência no país e no mundo.
Além de ser uma inspiração para os dançarinos, Pina Bausch também foi uma musa para o cinema. A personagem Madame Blac, do filme “Suspíria – A Dança do Medo‘, de Luca Guadagnino, foi inspirada na dançarina alemã.
Premiações e homenagens
A profissional foi uma referência em diferentes estilos, e amplamente premiada. Muitas de suas peças focavam na interação entre masculino e feminino, o que acabou interferindo no trabalho de vários outros coreógrafos.
Em 2007, ela recebeu o Prêmio Kyoto. A premiação japonesa é equivalente ao Prêmio Nobel do Japão, e premia anualmente personalidades que contribuam de forma inovadora para os campos da arte, filosofia, ciência e tecnologia.
Já em 2008 ela foi agraciada com o Prêmio Goethe, que é uma premiação literária, mas que não é restrita apenas a escritores.
A dançarina ainda ganhou um filme que foi oficialmente lançado em fevereiro de 2011 na Europa. O documentário mostra toda a trajetória da dançarina alemã e foi aclamado por toda a crítica, tendo uma pontuação de 94% Rotten Tomatoes.
Inclusive, essa é uma obra indispensável para os estudantes de dança que queiram conhecer de forma mais profunda a história da dançarina.
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